quinta-feira, agosto 30, 2018

DORIA

Olhem só... Que saudades!
Fiquei mais de um ano sem postar.
Mas, ainda estou na minha amada cidade de São Paulo.

Já o nosso prefeitinho Doria, em menos de dois anos de mandato, picou a mula para "voos maiores" (afinal, nossa cidade não é suficiente para o seu ego de Riquinho-Rico) e quer ser Governador do ESTADO!!!

E, pasmem: ele está liderando as pesquisas.
Caipirada de São Paulo, faço um apelo: ele ABANDONOU a cidade de São Paulo.
Vocês vão mesmo eleger este "cidadão"?




Depois não digam que não avisamos, hein?
#ACELERA

quinta-feira, janeiro 12, 2017

São Paulo DORIANA

João Doria é o novo prefeito de São Paulo


Pois é, amigos.

Ganhou o projeto que acha estimula os passeios a pé pela ruas, que estimula a conversa entre cidadãos;
Ganhou o projeto que prefere o transporte público, que anda de bicicleta, que come comida de rua, que aprecia os artistas amadores...

...NA EUROPA!


Isso mesmo! 
Ganhou o projeto de quem gosta de tudo isso longe de São Paulo!

Porque São Paulo, pra essa gente, é pra USAR. 

Não pra morar, não pra viver. 


É pra sugar até a última gota e descartar. 
É pra poluir o rio até não ter mais salvão. 
(Mas, sempre teremos o Sena, né?)

É cidade onde a calçada é sucateada, a ciclovia é marginalizada.
("Mas, podemos andar de bicicleta em Amsterdam, em Berlim...")



Em entrevista, a "primeira-dama" disse que "A única rua que dá pra andar em São Paulo é a Avanhandava, aquela do (restaurante) Famliglia Macini..."


É isso aí.

Caminhar, só na Europa. São Paulo, a gente usa, drena, suga...



E cidade que a gente USA não tem ciclovia, não tem vida na rua. Aliás, cidade, pra essa gente, é rota pra ir trabalhar de carro. Eles têm que ACELERAR ao máximo seus carros. Fodam-se os acidentes, os atropelados. Não dá pra parar!



CASA - TRABALHO - SHOPPING

Essa é a única rota que importa. Sem pisar o Louboutin no chão. Só em mármore. (Eventualmente outra R.O.T.A. empolga essa galera) 





Só tem um probleminha que os defensores do "Gestor" Doria esqueceram. São Paulo não é uma empresa. É UMA CIDADE.

Há pessoas. 

Vidas.

Vidas que não geram lucros, nem devem ser cortadas como se fosse gastos. Precisam ser cuidadas.

Estaremos de olho no mandato de João Doria (e seu plano pra alavancar a candidatura presidencial de Geraldo Alckmin).
Do mesmo jeitinho que a mídia fez diariamente com Haddad.

Aqui, Doria não terá paz.


amplósculos.

quinta-feira, setembro 29, 2016

É galera. 

Há alguns meses tivemos aquele "show de horror" transmitido da Câmara para o Brasil/Mundo inteiro.(Aquele mesmo do "Pela minha família, por Deus, pelos meus amigos, pelo meu cachorro!")

Vimos, em tempo real, que aqueles seres que envergonharam o país, deixando-nos com náuseas foram realmente ELEITOS! (por voto específico, pelo fatídico "voto na legenda", por puxadores de votos, whatever).

De qualquer forma, acho que aprendemos uma coisa importante: o Legislativo está repleto de picaretas!

E, tão ou mais importante do que a escolha do Prefeito (poder Executivo), é a escolha dos VEREADORES (Legislativo) que, além de fazer leis, fiscalizam o Executivo.

Esses caras custam MUITO CARO à cidade! 

- sequer aparecem pra trabalhar, 

- não estão nem aí pra cidade e querem melhorar sua situação pessoal (e de sua família),

- fazem cultos religiosos DENTRO da Câmara Municipal, 

- perdem tempo (e $) criando dias comemorativos como o "Dia da caneta Bic" etc, 

- só prestam pra dar nomes a ruas e viadutos...

Ganhem as eleições, pesquisemos!

Lista de TODOS os candidatos:
http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2016/divulgacao-de-candidaturas-e-contas-eleitorais

Aqui, uma lista dos que tentam a reeleição (com notas de desempenho dadas pelo Movimento Voto Consciente) 





- Não vamos votar em "santinho" ou em cara que aparece do nada pra passar seu número em época de votação.

- Muito menos no irmão-do-parente-do-amigo que ninguém nunca viu proposta etc.


Precisamos de vereadores comprometidos com a cidade de São Paulo, não com suas contas bancárias...
Vamo abrir uzóio!

Amplósculos!





terça-feira, maio 17, 2016

O cliente tem sempre a Razão?

Postzinho rápido pra ilustrar as diferentes formas de atendimento em bares e restaurantes em São Paulo.

Fomos ao La Central, boteco mexicano "chic" (pelo menos foi o que nos pareceu) localizado no térreo do icônico edifício Copan

Decoração do jeito que eu gosto: escurão, luz indireta, um belo bar no meio do restaurante, musiquinha brother... Caraca, só de ficar no Copan já é foda bagarai, nénão?

Bom, fomos experimentar os famosos drinks de tequila da casa e os petiscos mexicanos, muito recomendados por amigos. Pedimos, pra começar, uma cerveja long neck e um drink todo "exótico" (os preços não são lá muito amigáveis).

Enquanto o barman iniciava a sua arte e a garçonete nos trazia a breja, recebemos um telefonema. Houve um imprevisto e tivemos que sair de lá imediatamente. Falamos com a garçonete e o barman ao mesmo tempo (estávamos sentados perto do bar) para que cancelassem o drink (que nem havia começado a ser feito) e cobrassem a breja.

Eis que o barman falou:
"A breja é por conta da casa. Esperamos que voltem com mais calma!"

Ele não precisava fazer isso. Talvez o preço da cerveja fosse insignificante pra o estabelecimento (R$ 10) mas, de qualquer forma, foi uma atitude muito legal. Agradecemos e voltaremos lá, com certeza.

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Restaurante Bom Gosto. Tem um pernil excelente, lanches, sucos e pratos idem. Está sempre cheio. Fica em frente à estação São Bento do metrô, exatamente onde era o glorioso DIX.

Pedi um sanduíche de lombo apimentado e queijo, tava sem fome. Sentei-me no balcão, em frente ao chapeiro. Vi que havia azeitonas pretas. Na minha inocência de achar que era chapa do chapeiro, perguntei: "Rola colocar umas azeitoninhas pretas no lanche?"
E ele: "Opa!"

Resultado: um lanche de R$ 14,00 (extorsivozinho)  foi para R$ 17,00 graças às rechonchudinhas! E esse upgrade de R$ 3,00 na conta eu só fiquei sabendo na hora de pagar.

Ele não precisava ter me avisado que haveria este acréscimo no preço do lanche. Provavelmente estava no cardápio o preço de itens a mais (não conferi, a broxada não me permitiu).
Mas, seria digno.
Não voltarei lá. E não fará a mínima diferença pro, sempre cheio, Bom Gosto...


Amplósculos



segunda-feira, março 07, 2016

Restaurante Japonês Ruim

      É incrível como eu não aprendo: restaurante japonês bom, dificilmente serve rodízio. Se for bom e servir rodízio, será caro e, provavelmente, ficará na Liberdade. Se não for na Liberdade, a chance de ser uma bomba é grande.

       Mas, sou um ogro. E eu não tenho grana pra pagar 40 cunhas por dois oniguiris. Decidi, então, experimentar um restaurante japa "da moda" no Itaim. R$ 89 pilas o rodízio.

Eu sabia o que viria pela frente.


O bairro do Itaim é um caso à parte. Consegue ter a lanchonete Joakin's e o Manifesto (tradicional bar de rock de Sampa), mas, também, uma concentração bem acima da normal de restaurantes pretensiosos - e, por conseguinte, de boçais...

Ao adentrar o bairro, na Joaquim Floriano, já fui recepcionado por um filhinho-de-papai de pau pequeno que começou a perseguir meu carro. Provavelmente ele achou que eu o fechei em algum momento. E quis me dar "um apavoro"... Continuei meu trajeto de boa. Emparelha-mo-nos, ele olhou feio, eu olhei feio e o mané foi embora.

Chegamos ao restaurante "japonês".
Descolado, música eletrônica, hostess, decoração escura, gente fina, elegante e sincera mandando ver no pratinhos.

Garçon-brother, serviço atencioso. 
"Vocês tem alguma restrição a algum ingrediente?"

Porra! Tesão! Foi a deixa para nos livrarmos dos famigerados:

"Cream-cheese e maionese! Somos intolerantes a cream-cheese e maionese, não comemos nada com esses ingredientes!"

Quebrei as pernas do cara! Falha na Matrix. Deu TILT no garçom. "Alarme! Alarme! Clientes que não comem cream-cheese!"
Os sushis vinham em porções mínimas, com intervalos de tempo absurdos entre si. Pedi um gohan (arroz japonês), mas os sashimis para acompanhá-lo não deram as caras. 
Comi arroz puro, como um refugiado. Kkkkk... 

Quando, finalmente, chegou um combinado grande, que iria tirar nossa barriga da miséria, ele estava com: maionese. Quase que comi os desgraçadinhos assim mesmo, tamanha era minha fome. Mas, a dignidade (minha parceira de jantar) falou mais alto. "Por favor, pedimos sem maionese". E lá se foram os peixes. Embora...

Meu Deus, como o gosto comum do brasileiro pra comida japonesa é tosco!  É muita invencionice para que consigam descer os sushis goela abaixo! Será que a galera não sacou que o grande diferencial da comida japonesa são os peixes? E sua qualidade enquanto crus? Com um pouquinho de shoyu e com uma arroz legal?

"Por favor, tais pratos não vieram... Alguns tão demorando..."
Garçom: "É porque vocês pediram sem maionese e cream cheese... Eles tão fazendo o que podem lá atrás." 

Parecia uma operação de guerra. 

Olha, eu que não sou de comer os "enche-barriga de rodízio" comecei a devorar o gengibre da mesa... E os legumes... OS LEGUMES, for Christ's sake!
Desespero total.

Whisky sour caro - e em quantidade mínima. Sushis "trufados", maçaricados... Muito salmão. Muito. Em abundância. Peixinho sem graça, viu? O atum - raridade nesses japas descolados-pra-coxinha-que-gosta-de-maionese - estava bem vermelhinho e fresco, é preciso registrar. Mas, foi pouco.

Garçonete no final: "Aqui está sua nota, esperamos que voltem mais vezes!"
Nós: "Opa."

FICA A DICA:
não invente com restaurante japa. Fuja sos descolados! Vá nos japas, que tem pessoas japas dentro. E fique rico antes.



segunda-feira, outubro 26, 2015

Terra de Coxinha é o CARALHO!

E depois de passar alguns fins de semana curtindo minha cidade na Comedoria Gonzales (ceviches fora-da-realidade!!) que fica dentro do Mercado Municipal de Pinheiros, na casa de amigos, no Mirante 9 de Julho, nos barzinhos de Pinheiros, pedalando no Centro e na Avenida Paulista (fechada para carros, aberta parar pessoas), totalmente acreditando que o mundo tem - sim-  uma saída...


Deparo-me com este vídeo: "Aqui é terra de Coxinha"




Bom, sei que estou exigindo demais do leitor deste blog para que assista a "isto". 

O vídeo, brilhantemente captado pela galera do Estúdio Fluxo, é de dar ânsia. 

Explico: trata-se de um "protesto" dentro da Livraria Cultura contra o PT, Lula, Dilma e o escambau. Os alvos foram o prefeito Fernando Haddad e o ex-Senador da República Eduardo Suplicy que saíam do Teatro Eva Herz (localizado dentro da Livraria).

A turba e, em especial, esta senhora, proferiram palavras de ódio aos políticos, dizendo que São Paulo era terra de "gente que trabalha", que era "Terra de Coxinha". Foram truculentos, com seus bonecos infláveis do Lula.

Deu uma vergonha danada de ser paulistano.
Mas, temos que respirar fundo e lembrar que aqui tem muita gente boa. Não estamos sozinhos. Esta senhora que espuma pela boca o ódio da ignorância 
não representa a nós, paulistanos. Não representa quem respeita os direitos humanos, os que querem a ocupação dos espaços públicos e, sobretudo, a convivência com o próximo.

Ela é mais uma leitora da Veja, que acredita que o PT inventou a corrupção. Cegada pela lavagem cerebral dos grandes grupos midiáticos que só conseguem influenciar os pobres de espírito, ignora Cunhas e Geraldos da vida. Um ser que me causou repulsa. Mas, que, pensando bem, agora me causa pena...

Aqui em São Paulo há gente que trabalha. Há gente que não trabalha (e nem por isso são melhores ou piores do que os outros), há gente que respeita e há gente que sonha.

Precisamos estar sempre atentos. As pessoas boas não podem se silenciar.
Senão, ouviremos as vuvuzelas dos apedeutas.


amplósculos!




OBS: só eu achei estranho o fato de a Livraria Cultura permitir a esta "Turbinha do Barulho" a montagem de banners, cartazes etc? A segurança da livraria faria o mesmo se fosse um protesto do Movimento Sem Moradia?

Hummmm... 
Pra pensar em casa.




quinta-feira, julho 23, 2015

Redução da Velocidade das Marginais

Muito curiosa essa balburdia em torno da redução da velocidade das Marginais em São Paulo... 

Os cidadãos estão indignados com mais "essa do prefeito" Fernando Haddad! Ficam lá, parados, curtindo o engarrafamento - cada vez mais caótico - de São Paulo e contemplando nossos imponentes rios: Tietê e Pinheiros.

Verdadeiros cartões postais da cidade, os flúmens supracitados são conhecidos por sua aparência e aroma nada agradáveis. 

Dá uma vergonha de passar por ali com amigos turistas...

MAS, sabe o que REALMENTE incomoda esses "cidadãos paulistanos"?? A p@#$% da velocidade das Marginais. 

Ou seja, desde que não atrapalhe seu ritmo de deslocamento para trabalhar e encher o rabo de grana, a saúde da cidade não importa. Muito menos seus rios!

Estão CAGANDO E PARANDO (hahahaha! boa!) pra cidade. Literalmente.

O único problema é que seus dejetos ficam ali, ao seu ladinho.


Amplósculos!



domingo, junho 28, 2015

Ciclovia da Paulista - Inauguração 28/6/2015

18 de junho de 2015.

E hoje foi o dia da inauguração da Ciclovia da Avenida Paulista, o símbolo mais conhecido de São Paulo!!! Pôxa vida, uma ciclovia (algo que representa o futuro, a sintonia com as metrópoles mais avançadas do mundo, a preocupação com o meio-ambiente, com meios de transporte não poluentes) no meio da "avenida-símbolo" da cidade mais rica do Brasil não é algo a se deixar passar...

Para tal, toda a extensão da Avenida Paulista, por onde a nova ciclovia atravessa, foi fechada ao tráfego de automóveis! ô loco, bitchô!

E foi gente nesta inauguração, viu?! O sol também apareceu abençoando a galera... Que clima gostoso... Deem umoiada nas fotinho:

A Ciclovia é essa vermelhona aí no meio...
Mas, a Paulista tava toda liberada pra bikes e afins...


O lance do fechamento da Paulista para os carros foi uma grande sacada... Sem estarmos dentro de um carro / ônibus no trânsito ou esmagados nas calçadas, pudemos, enfim, olhar para nossos museus, parques e pra arquitetura do local com outros olhos... Pisando no asfalto, com nossos próprios pés, parando quando necessário, sem pressa.

Legal ver o MASP do meio da Paulista...
Paradinho, sem buzina pra encher o saco...
Patins, bikes, pedestres... Tá tudo dominado, garai!
(algumas fotos eu tirei em movimento, repara não...)

Comparecer a tal evento foi mais do que celebrar uma inauguração ou, até, uma vitória. Foi um posicionamento político. E não estou falando de partidos.
Veja bem: o buraco é mais embaixo.

Somos acostumados a ouvir que as ciclofaixas estão sempre vazias porque "não há ciclistas em São Paulo!". Opa, campeão. Não é bem assim. Não me coloca na sua laia!

A CICLOVIA e o Fechamento TOTAL da Paulista pra carros evidenciou uma verdade que estava escondida no lugar-comum do pensamento medíocre, tão difundido por aí:

EXISTEM PESSOAS QUE VIVEM EM SÃO PAULO!


"Peraí, Sampaboemia! Isso é meio óbvio, não?" 

NÃO! Não é nada óbvio...
Vem comigo:


Existem pessoas que USAM São Paulo. Que estão na cidade de passagem. Sacou? 

Dizem: "vou fazer minha vida em São Paulo, vou encher meu C* de grana e, depois, vou pra um lugar com mais qualidade de vida". 

"Qualidade de Vida"... posso vomitar agora?

Se não há qualidade de vida em São Paulo, isso é culpa sua, sugador! Essas pessoas não estão nem aí se a cidade está pensando em poluição, ciclistas etc. Só pensam em seu próprio conforto! Viram os olhos pra melhorias da cidade por puro egoísmo. São mesquinhos... Às vezes utilizam-se de um partidarismo barato para fundamentar sua escrotice.

Esses seres vão de seus condomínios-jaula pro trabalho; voltam do trabalho em suas (também) jaulas motorizadas sem sequer andarem numa calçada! Sem sequer esbarrarem em alguém "do povão". E, quando chega o fim de semana, viajam "pra praia"."Porque em São Paulo não dá, né? Não tem nada pra fazer!"

Esse FDPs "extrativistas" (como bem disse Facundo Guerra em entrevista do nosso último post) tão cagando pra cidade. Querem mais é terem a rua asfaltadinha para poder trabalhar bastante e cumprir sua meta medíocre de "enriquecimento aos 40". Pra poderem vazar daqui o quanto antes! "Eu pago imposto, pô!".

Fodam-se os seus impostos, seus merdas!

Enquanto você sugam a cidade, há pessoas que querem viver BEM em Sampa. Que querem se divertir AQUI. Que querem curtir a sua cidade, andar na rua, sentir seus cheiros, conhecer e respeitar as pessoas, ter transporte não-poluente, ouvir um artista de rua...


Qualidade de vida é aqui, seu filho da puta.




quarta-feira, junho 17, 2015

Facundo Guerra faz

Se hoje o "Baixo-Augusta" virou atração turística de entretenimento com dezenas de opções de bares e alimentação para gringos e locais;
Se temos uma casa de shows do porte do Cine Jóia, que espantou os nóias da região da Liberdade; 
Se temos um bar como o Lions Club (na deteriorada região dos Arcos) que nos dá uma vista espetacular da região da Sé;
Se o decadente Maksoud Plaza agora possui uma razão para ser visitado (Bar PanAm);

Acho que devemos agradecer a um... argentino.

Eu posso me arrepender depois, mas acredito que o Facundo Guerra fez mais pela cidade de São Paulo do que prefeitos, governadores, secretários de Turismo e empresários "da night" juntos.

Tirei essa conclusão após ler a reportagem da Revista saopaulo "Volta à vista" (junho/2015), sobre a recuperação do Mirante sobre a 9 de julho. 


"Visão Paulista" (1943), de Gaspar Gasparian

Após chamamento da Prefeitura de São Paulo (em 2014), Guerra e o escritório MM18 Arquitetos entraram no projeto.

PUTA avenida charmosa, a 9 de Julho, meo!

Mas, graças à falta de investimento no local, está jogada à criminalidade, é desertona etc. Porra... é avenida pra ter gente passeando de madrugada a pé! 

O chafariz também entrará no "pacote" da restauração...

"9 de Julho, 6 de julho" (2013)

"Ah, mas ele faz isso por dinheiro!!!"

Bom, até aí, foda-se. O que chama gente pras ruas, além das atrações turísticas, são os comércios, o entretenimento, os bares e restaurantes (que, certamente, não são criados pelo Estado). Se ele tá investindo, pode ter seu lucro de boa. Pra mim, sem problemas, parceiro.

Fui atrás de mais informações sobre o tema do post e me deparei com essa entrevista do Facundo Guerra nas páginas negras da Trip de março de 2015.

Curti o mancebo. Parece-me que, além de sua compulsão insana por abrir novos negócios,  ele possui uma preocupação em resgatar símbolos paulistanos (até os Planetários estão em sua mira!). E isso é muito legal...

Trechinho:

O paulistano tá mais orgulhoso de São Paulo? 
Tá ficando. Carioca bate no peito, gaúcho é quase separatista... Paulistano nunca teve orgulho da cidade. Sempre teve uma relação de extrativismo. “Vou fazer minha vida e fujo quando tiver 40 anos.” Agora a gente tá criando amor pela cidade de São Paulo.

Por que a noite é especial? 
A noite é um outro mundo. Ela te permite ser um outro, exercer outro papel. Você é um office boy, mas na noite se veste de mulher, tem outro cacife social. É muito estranho: São Paulo, que é superconservadora de dia, berço do malufismo, é libertária pra caralho à noite. Essa tensão entre dia e noite faz São Paulo vibrar como nenhuma outra cidade no mundo.

Recomendo a leitura da entrevista. 
Mostra um cara interessante, muito além da imagem de "empresário megalomaníaco".
Me identifiquei com suas visões sobre a noite, a paulistanidade (?), a função do dinheiro, entre outras piras...


Aos empresários coxinhas, deixo um toque: percam o medo da cidade. Tem muita coisa boa pra se investir em Sampa... O Jardim do Theatro Mvnicipal está abandonado... O Boulevard São João merece atenção... a região do Pateo do Collegio é linda à noite. Com segurança e atrações então... vish.

Amplósculos.

terça-feira, maio 26, 2015

Nilo Burgers

Você pensa que é na pizzaria da esquina (entre a Avenida 11 de Junho e a Rua Dr. Bacelar), mas não é. É o vizinho ao lado. Uma porticazica antes, com iluminação de refeitório (blergh!)...

"Não pode ser ali... Não vou entrar!"

Entre. Vá sem medo! E descobrirá um dos lugares mais inusitados da Vila Clementino. O melhor hamburger da região, com certeza.

Ir ao Nilo Burgers não é apenas uma experiência gastronômica. É antropológica, lúdica. Maior índice de quebra de paradigmas por minuto.

Sabe aquelas lanchonetes de rede, com fila de espera, hostess, estacionamento, garçom com caneta laser, TVs de Plasma passando UFC etc? Ou, pior: aquelas lanchonetes de fast-food em que vc entra paga, senta e come em 4 minutos? Então... 
Esquece. 
No Nilo o lance é outro.


Voltemos ao lúdico:

Atravesse o portal (que, no caso, é a portinha); 
Ele te intimida e te atrai...
Te intimida e te atrai...Te intimida e te atrai...
Siga o coelho branco e...

SLiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiDE...


Vc adentrou o Nilo. 
Opa, consertando: Adentrou “o mundo de Nilo Burgers”. 
(Porque, senão, o Nilo fica puto: "Viadagem esse lance de adentrar, hein?"). 

Mentira. Difícil o Nilo ficar puto...

Imagine você chegar num lugar e não achar nenhum garçom... Você fica com uma cara de bobo por quase um minuto e meio... De repente, eis que surge, da cozinha, um cara com um avental:

"Boa noite! Olha, a geladeira tá ali, escolham o que vão beber. Podem pegar. Tá meio corrido lá na cozinha." 
E some.

Geladeiras do Nilo: refris, brejas etc.
Livre acesso: bom frisar que ficam atrás do balcão... 
Hum...
“Vagou uma mesa!” 
Sentamo-nos. Depois de um tempinho, chega uma moça simpática pra dar uma geral na mesa. A moça deve ser da família do Nilo também. “Se puder nos trazer um cardápio, por fav...” 
E some.

Continuamos a tomar nossas Tubaínas Retrôs® (azia de uma tarde etílica, “nunca mais vou beber na vida, blá blá...”), sentindo o clima da Vila Clementino. Bairro gostoso, residencial, mas, com seus estabelecimentos comerciais estrategicamente bem distribuídos.

Tubas retrôs...
- não são melhores que a Tubaína Conquista -

A garçonete sumiu, mas tá bom assim: Melhor pra fumar, conversar, curtir a cidade. Sem TV ligada no “MMA nº 1.432” ou em algum jogo idiota. Observamos pessoas passeando com seus cachorros, sentimos o cheiro do bairro (e não aquela atmosfera de perfume + amêndoa e açúcar queimado + pão de queijo de Shopping). 

Conseguimos o cardápio. É extenso. Há uma grande quantidade de lanches, burgers, dogs, shakes. O legal é a possibilidade de combinação entre ingredientes. Os preços estão na faixa dos preços do Chico Hamburguer. Talvez um pouco menos.

Levantei e fui ao balcão pedir. A equipe do Nilo tava meio na correria, fazendo mil coisas ao mesmo tempo. 

Aí, o Nilo me lança a pérola da noite: "Você tem letra boa? Então anota no bloquinho de papel o como você quer seus lanches!"

Hahahaha! Achei foda: o exercício de mudar de lugar, sair do "esperado". Experiências...
(E, pelo menos, eu tive certeza de que não anotariam errado o meu pedido).

Combinei o meu com queijo, molho de tomate, maionese de alho à parte (um dos highlights do pico) e rúcula no lugar da alface – sempre. O da patroa foi igual, mas com bacon junto (ela não tava de ressaca).

Negócio é demais... Não é tão vistoso quanto os sanduíches das redes maiores, mas dá um pau em vários, nos quesitos Personalidade e, principalmente, Sabor. Há uma harmonia nos ingredientes que não existe em muitas “hamburguerias” por aí. E a carne é foda. A cada mordida você oscila pensamentos e sensações: "é caseiro? é de lanchonete? é de grelha?" É bom bagarai.




Voltarei diversas vezes. Primeiro, porque irei a pé, pisando na calçada, sem piso de mármore. Segundo, porque não haverá preocupação com estacionamento, ticket, manobrista escroto. Terceiro, porque o ambiente é totalmente diferente do padrãozinho hamburgueria que nos empurram goela abaixo. Quarto, porque o lanche é foda: a carne, a maionese de alho, o molho.... E, quinto, porque ainda há esperança na Humanidade: entrar num lugar, sem hierarquias definidas, pegar sua bebida, anotar o seu próprio pedido, sem blasé-sismos babacas... A chance de me sentar numa mesinha na calçada, imaginar um mundo sem violência, sem pessoas querendo levar vantagens sobre as outras. You may say I'm a dreamer...


No Nilo, há a relação de confiança entre a equipe e seus clientes...


Ainda Há A Brodagem.


Endereço: Avenida Onde de Junho, 1164 - Vila Clementino.
Telefone:(11) 3537-9777



Amplósculos!