quarta-feira, junho 17, 2015

Facundo Guerra faz

Se hoje o "Baixo-Augusta" virou atração turística de entretenimento com dezenas de opções de bares e alimentação para gringos e locais;
Se temos uma casa de shows do porte do Cine Jóia, que espantou os nóias da região da Liberdade; 
Se temos um bar como o Lions Club (na deteriorada região dos Arcos) que nos dá uma vista espetacular da região da Sé;
Se o decadente Maksoud Plaza agora possui uma razão para ser visitado (Bar PanAm);

Acho que devemos agradecer a um... argentino.

Eu posso me arrepender depois, mas acredito que o Facundo Guerra fez mais pela cidade de São Paulo do que prefeitos, governadores, secretários de Turismo e empresários "da night" juntos.

Tirei essa conclusão após ler a reportagem da Revista saopaulo "Volta à vista" (junho/2015), sobre a recuperação do Mirante sobre a 9 de julho. 


"Visão Paulista" (1943), de Gaspar Gasparian

Após chamamento da Prefeitura de São Paulo (em 2014), Guerra e o escritório MM18 Arquitetos entraram no projeto.

PUTA avenida charmosa, a 9 de Julho, meo!

Mas, graças à falta de investimento no local, está jogada à criminalidade, é desertona etc. Porra... é avenida pra ter gente passeando de madrugada a pé! 

O chafariz também entrará no "pacote" da restauração...

"9 de Julho, 6 de julho" (2013)

"Ah, mas ele faz isso por dinheiro!!!"

Bom, até aí, foda-se. O que chama gente pras ruas, além das atrações turísticas, são os comércios, o entretenimento, os bares e restaurantes (que, certamente, não são criados pelo Estado). Se ele tá investindo, pode ter seu lucro de boa. Pra mim, sem problemas, parceiro.

Fui atrás de mais informações sobre o tema do post e me deparei com essa entrevista do Facundo Guerra nas páginas negras da Trip de março de 2015.

Curti o mancebo. Parece-me que, além de sua compulsão insana por abrir novos negócios,  ele possui uma preocupação em resgatar símbolos paulistanos (até os Planetários estão em sua mira!). E isso é muito legal...

Trechinho:

O paulistano tá mais orgulhoso de São Paulo? 
Tá ficando. Carioca bate no peito, gaúcho é quase separatista... Paulistano nunca teve orgulho da cidade. Sempre teve uma relação de extrativismo. “Vou fazer minha vida e fujo quando tiver 40 anos.” Agora a gente tá criando amor pela cidade de São Paulo.

Por que a noite é especial? 
A noite é um outro mundo. Ela te permite ser um outro, exercer outro papel. Você é um office boy, mas na noite se veste de mulher, tem outro cacife social. É muito estranho: São Paulo, que é superconservadora de dia, berço do malufismo, é libertária pra caralho à noite. Essa tensão entre dia e noite faz São Paulo vibrar como nenhuma outra cidade no mundo.

Recomendo a leitura da entrevista. 
Mostra um cara interessante, muito além da imagem de "empresário megalomaníaco".
Me identifiquei com suas visões sobre a noite, a paulistanidade (?), a função do dinheiro, entre outras piras...


Aos empresários coxinhas, deixo um toque: percam o medo da cidade. Tem muita coisa boa pra se investir em Sampa... O Jardim do Theatro Mvnicipal está abandonado... O Boulevard São João merece atenção... a região do Pateo do Collegio é linda à noite. Com segurança e atrações então... vish.

Amplósculos.

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