É incrível como eu não aprendo: restaurante japonês bom, dificilmente serve rodízio. Se for bom e servir rodízio, será caro e, provavelmente, ficará na Liberdade. Se não for na Liberdade, a chance de ser uma bomba é grande.
Mas, sou um ogro. E eu não tenho grana pra pagar 40 cunhas por dois oniguiris. Decidi, então, experimentar um restaurante japa "da moda" no Itaim. R$ 89 pilas o rodízio.
Eu sabia o que viria pela frente.
O bairro do Itaim é um caso à parte. Consegue ter a lanchonete Joakin's e o Manifesto (tradicional bar de rock de Sampa), mas, também, uma concentração bem acima da normal de restaurantes pretensiosos - e, por conseguinte, de boçais...
Ao adentrar o bairro, na Joaquim Floriano, já fui recepcionado por um filhinho-de-papai de pau pequeno que começou a perseguir meu carro. Provavelmente ele achou que eu o fechei em algum momento. E quis me dar "um apavoro"... Continuei meu trajeto de boa. Emparelha-mo-nos, ele olhou feio, eu olhei feio e o mané foi embora.
Chegamos ao restaurante "japonês".
Descolado, música eletrônica, hostess, decoração escura, gente fina, elegante e sincera mandando ver no pratinhos.
Garçon-brother, serviço atencioso.
"Vocês tem alguma restrição a algum ingrediente?"
Porra! Tesão! Foi a deixa para nos livrarmos dos famigerados:
"Cream-cheese e maionese! Somos intolerantes a cream-cheese e maionese, não comemos nada com esses ingredientes!"
"Cream-cheese e maionese! Somos intolerantes a cream-cheese e maionese, não comemos nada com esses ingredientes!"
Quebrei as pernas do cara! Falha na Matrix. Deu TILT no garçom. "Alarme! Alarme! Clientes que não comem cream-cheese!"
Os sushis vinham em porções mínimas, com intervalos de tempo absurdos entre si. Pedi um gohan (arroz japonês), mas os sashimis para acompanhá-lo não deram as caras.
Comi arroz puro, como um refugiado. Kkkkk...
Os sushis vinham em porções mínimas, com intervalos de tempo absurdos entre si. Pedi um gohan (arroz japonês), mas os sashimis para acompanhá-lo não deram as caras.
Comi arroz puro, como um refugiado. Kkkkk...
Quando, finalmente, chegou um combinado grande, que iria tirar nossa barriga da miséria, ele estava com: maionese. Quase que comi os desgraçadinhos assim mesmo, tamanha era minha fome. Mas, a dignidade (minha parceira de jantar) falou mais alto. "Por favor, pedimos sem maionese". E lá se foram os peixes. Embora...
Meu Deus, como o gosto comum do brasileiro pra comida japonesa é tosco! É muita invencionice para que consigam descer os sushis goela abaixo! Será que a galera não sacou que o grande diferencial da comida japonesa são os peixes? E sua qualidade enquanto crus? Com um pouquinho de shoyu e com uma arroz legal?
"Por favor, tais pratos não vieram... Alguns tão demorando..."
"Por favor, tais pratos não vieram... Alguns tão demorando..."
Garçom: "É porque vocês pediram sem maionese e cream cheese... Eles tão fazendo o que podem lá atrás."
Parecia uma operação de guerra.
Parecia uma operação de guerra.
Olha, eu que não sou de comer os "enche-barriga de rodízio" comecei a devorar o gengibre da mesa... E os legumes... OS LEGUMES, for Christ's sake!
Desespero total.
Desespero total.
Whisky sour caro - e em quantidade mínima. Sushis "trufados", maçaricados... Muito salmão. Muito. Em abundância. Peixinho sem graça, viu? O atum - raridade nesses japas descolados-pra-coxinha-que-gosta-de-maionese - estava bem vermelhinho e fresco, é preciso registrar. Mas, foi pouco.
Garçonete no final: "Aqui está sua nota, esperamos que voltem mais vezes!"
Nós: "Opa."
FICA A DICA: não invente com restaurante japa. Fuja sos descolados! Vá nos japas, que tem pessoas japas dentro. E fique rico antes.
FICA A DICA: não invente com restaurante japa. Fuja sos descolados! Vá nos japas, que tem pessoas japas dentro. E fique rico antes.
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