E o Sampaboemia teve mais uma grande estiagem de
conteúdo...
Aaaah, deu preguiça. Fiz outras coisas. Namorei, me
mudei, casei.
E o mundo continuou a girar...
Em 2013 tivemos a chamada "Revolução de
junho" (em 2013), onde o povo brasileiro, FINALMENTE, foi às ruas
protestar contra a situação do país!
No começo, a imprensa chamou todo mundo de
"vândalo"... Depois que percebeu o apoio da opinião pública às
manifestações (e que seus repórteres eram alvejados por balas de borracha nos
olhos), "abraçou" o movimento...
Aliás, nosso-sempre-na-vanguarda-blog deu um FURAÇO
de reportagem na divulgação dos atos de junho: quando da passeata do Movimento
Passe-Livre contra o aumento nas tarifas de ônibus (embrião de todas as outras
manifestações), este escritor que vos escreve estava num bar, no centro da
cidade, e viu a galera passar "cantando coisas de amor", entre
outras... Registrado e fotografado aqui...
Em 2014, rolou Copa do Mundo no Brasil (muito boa,
por sinal, apesar dos 7 a 1) e Paul McCartney!!!
Tenho que confessar que, quando comecei a escrever
este blog, era mais empolgado com a cidade, suas joias culturais, sua night.
Mas, não dá pra viver nesta ilha de alienação. Moro
aqui e quero ver a cidade melhor.
Ainda acho São Paulo foda... Mas, como diria Tom
Jobim sobre o Brasil, não é uma cidade "pra principiantes". Tem que
ter bolas: Violência, mendigos, lixo, problemas de mobilidade, gestões
desastrosas, vereadores inúteis, classe média que só pensa em seu carro, seus
shoppings...
Acredito que a única saída para este caos é o
paulistano abraçar sua cidade. Fugir de "aquários-humanos" como
shoppings, automóveis, condomínios etc. (assunto também abordado aqui).
Esta sempre vai ser a bandeira do Sampaboemia:
Povo na rua - Gente de bem, do bem, de bens ou sem
bens nas ruas.Só assim pra melhorar tudo.
Tô curtindo o (prefeito) Haddad. Acho que entre
muitos erros, ele tem se destacado por atitudes que visam colocar o paulistano
em contato com sua cidade.
Parece-me que, antes de querer resolver os
problemas por decreto, ele quer tornar a cidade mais humana. Ou, pelo menos, mais aprazível. E nisso,
concordamos: quanto mais gente na rua, mais a cidade é cuidada. Menos chances para as pessoas fazerem coisas
erradas.Povo na rua inibe o vandalismo, o crime e estimula o esmero para com a
cidade.
Redundância é meu nome.
Hehehe... Mas, sigamos.
Em 1º de fevereiro de 2015, a Prefeitura inaugurou
um dos maiores corredores de arte urbana da América Latina. Pra muitos parecerá
bobagem (ou desperdício de dinheiro), mas a arte de rua é necessária numa cidade onde o
cinza predomina. Não temos paisagens naturais?
Façamos as nossas, com muitas cores, para deliciar
nossos olhos e estimular nossas mentes. Prestigiando artistas talentosos que acabam sendo marginalizados
por pensamentos pastranos.
A ciclofaixa, projeto corajoso (e antenado com
metrópoles do resto do mundo) confronta o mais nervoso espécime de paulistano -
o CARRISTA
(hehehe, acabei de inventar este nome para os
donos-de-carro").
Ponto para o prefeito: Não há mudanças sem
desconfortos...
Além de estimular o uso da bicicleta - transporte
saudável para seu usuário (exige condicionamento físico) e pra sociedade (não
polui) - as ciclofaixas já são, ao meu ver, uma jogada vitoriosa: mesmo não seja utilizadas por ninguém, elas já
proporcionam um descanso visual sem precedentes. Demove fileiras de carros que antes estavam
escondendo as ruas, as casas, as pessoas e
o horizonte - mesmo que sinóptico.
Entre outros tiros certeiros estão a criação da Controladoria Geral do Município que bate de frente com os fiscais corruptos da própria prefeitura, o Plano Diretor
(que isenta de impostos empresas que queiram se instalar na ZL; visa concentrar áreas comerciais em lugares
servidos por transporte público, entre outra centena de políticas de
planejamento), o "Braços Abertos" (programa "humanizador"
de redução de danos na Cracolândia, o "Centro Aberto" (política veemente
de estímulo de ocupação dos espaços públicos pela população), licitações para troca da iluminação pública e para o aterramento dos fios elétricos etc.
Criou regras para a comida de rua, estimulando os
Food Trucks, e dando mais segurança aos consumidores, oficializando as questões
sanitárias etc.
Os Parklets são outro descanso visual em detrimento
do carro. Pequenas ilhas humanas de descanso, que ocupam a vaga de dois
automóveis estacionados.
Os ônibus noturnos também conversam com as
principais metrópoles do mundo. Quem já tomou um Night Bus em Londres sabe a
ajuda que eles dão de madrugada.
Acredito que ele tenha errado em bastantes coisas
(os ônibus continuam desconfortáveis e ineficientes,
a SPTrans coleciona atitudes incompetentes) , mas não se pode negar que ele
pensa pra frente, na humanização da cidade, sempre se baseando nas principais
metrópoles do mundo. Bom, em dois anos, ele já fez mais do que o ridículo do
Kassab em, sei lá, sete anos ?
Espero que tudo melhore pra minha amada SAMPA...
Vou tentar postar mais. Sobre lugares legais.
Baladas. Mas, não faltarão reflexões também.
É o meu blog, pô. Hahahaha!
Amplósculos
OBS: Textos didáticos sobre o momento de Haddad em SP...
Admito:
estou apaixonado por Fernando Haddad, de Leandro Pereira
http://umapera.com/2014/09/02/admito-estou-apaixonado-por-fernando-haddad/
A Virada
Civilizatória de Haddad, de Guilherme Wisnik (Folha)
http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/09/1521429-guilherme-wisnik-a-agenda-de-haddad-para-o-futuro.shtml?fb_action_ids=10204648350586272&fb_action_types=og.recommends&fb_source=feed_opengraph&action_object_map=%7B%2210204648350586272%22%3A707315309324332%7D&action_type_map=%7B%2210204648350586272%22%3A%22og.recommends%22%7D&action_ref_map=%5B%5D
Caro
Fernando Haddad, Antonio Prata (Folha de SP)
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/179970-caro-fernando-haddad.shtml
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