domingo, junho 28, 2015

Ciclovia da Paulista - Inauguração 28/6/2015

18 de junho de 2015.

E hoje foi o dia da inauguração da Ciclovia da Avenida Paulista, o símbolo mais conhecido de São Paulo!!! Pôxa vida, uma ciclovia (algo que representa o futuro, a sintonia com as metrópoles mais avançadas do mundo, a preocupação com o meio-ambiente, com meios de transporte não poluentes) no meio da "avenida-símbolo" da cidade mais rica do Brasil não é algo a se deixar passar...

Para tal, toda a extensão da Avenida Paulista, por onde a nova ciclovia atravessa, foi fechada ao tráfego de automóveis! ô loco, bitchô!

E foi gente nesta inauguração, viu?! O sol também apareceu abençoando a galera... Que clima gostoso... Deem umoiada nas fotinho:

A Ciclovia é essa vermelhona aí no meio...
Mas, a Paulista tava toda liberada pra bikes e afins...


O lance do fechamento da Paulista para os carros foi uma grande sacada... Sem estarmos dentro de um carro / ônibus no trânsito ou esmagados nas calçadas, pudemos, enfim, olhar para nossos museus, parques e pra arquitetura do local com outros olhos... Pisando no asfalto, com nossos próprios pés, parando quando necessário, sem pressa.

Legal ver o MASP do meio da Paulista...
Paradinho, sem buzina pra encher o saco...
Patins, bikes, pedestres... Tá tudo dominado, garai!
(algumas fotos eu tirei em movimento, repara não...)

Comparecer a tal evento foi mais do que celebrar uma inauguração ou, até, uma vitória. Foi um posicionamento político. E não estou falando de partidos.
Veja bem: o buraco é mais embaixo.

Somos acostumados a ouvir que as ciclofaixas estão sempre vazias porque "não há ciclistas em São Paulo!". Opa, campeão. Não é bem assim. Não me coloca na sua laia!

A CICLOVIA e o Fechamento TOTAL da Paulista pra carros evidenciou uma verdade que estava escondida no lugar-comum do pensamento medíocre, tão difundido por aí:

EXISTEM PESSOAS QUE VIVEM EM SÃO PAULO!


"Peraí, Sampaboemia! Isso é meio óbvio, não?" 

NÃO! Não é nada óbvio...
Vem comigo:


Existem pessoas que USAM São Paulo. Que estão na cidade de passagem. Sacou? 

Dizem: "vou fazer minha vida em São Paulo, vou encher meu C* de grana e, depois, vou pra um lugar com mais qualidade de vida". 

"Qualidade de Vida"... posso vomitar agora?

Se não há qualidade de vida em São Paulo, isso é culpa sua, sugador! Essas pessoas não estão nem aí se a cidade está pensando em poluição, ciclistas etc. Só pensam em seu próprio conforto! Viram os olhos pra melhorias da cidade por puro egoísmo. São mesquinhos... Às vezes utilizam-se de um partidarismo barato para fundamentar sua escrotice.

Esses seres vão de seus condomínios-jaula pro trabalho; voltam do trabalho em suas (também) jaulas motorizadas sem sequer andarem numa calçada! Sem sequer esbarrarem em alguém "do povão". E, quando chega o fim de semana, viajam "pra praia"."Porque em São Paulo não dá, né? Não tem nada pra fazer!"

Esse FDPs "extrativistas" (como bem disse Facundo Guerra em entrevista do nosso último post) tão cagando pra cidade. Querem mais é terem a rua asfaltadinha para poder trabalhar bastante e cumprir sua meta medíocre de "enriquecimento aos 40". Pra poderem vazar daqui o quanto antes! "Eu pago imposto, pô!".

Fodam-se os seus impostos, seus merdas!

Enquanto você sugam a cidade, há pessoas que querem viver BEM em Sampa. Que querem se divertir AQUI. Que querem curtir a sua cidade, andar na rua, sentir seus cheiros, conhecer e respeitar as pessoas, ter transporte não-poluente, ouvir um artista de rua...


Qualidade de vida é aqui, seu filho da puta.




quarta-feira, junho 17, 2015

Facundo Guerra faz

Se hoje o "Baixo-Augusta" virou atração turística de entretenimento com dezenas de opções de bares e alimentação para gringos e locais;
Se temos uma casa de shows do porte do Cine Jóia, que espantou os nóias da região da Liberdade; 
Se temos um bar como o Lions Club (na deteriorada região dos Arcos) que nos dá uma vista espetacular da região da Sé;
Se o decadente Maksoud Plaza agora possui uma razão para ser visitado (Bar PanAm);

Acho que devemos agradecer a um... argentino.

Eu posso me arrepender depois, mas acredito que o Facundo Guerra fez mais pela cidade de São Paulo do que prefeitos, governadores, secretários de Turismo e empresários "da night" juntos.

Tirei essa conclusão após ler a reportagem da Revista saopaulo "Volta à vista" (junho/2015), sobre a recuperação do Mirante sobre a 9 de julho. 


"Visão Paulista" (1943), de Gaspar Gasparian

Após chamamento da Prefeitura de São Paulo (em 2014), Guerra e o escritório MM18 Arquitetos entraram no projeto.

PUTA avenida charmosa, a 9 de Julho, meo!

Mas, graças à falta de investimento no local, está jogada à criminalidade, é desertona etc. Porra... é avenida pra ter gente passeando de madrugada a pé! 

O chafariz também entrará no "pacote" da restauração...

"9 de Julho, 6 de julho" (2013)

"Ah, mas ele faz isso por dinheiro!!!"

Bom, até aí, foda-se. O que chama gente pras ruas, além das atrações turísticas, são os comércios, o entretenimento, os bares e restaurantes (que, certamente, não são criados pelo Estado). Se ele tá investindo, pode ter seu lucro de boa. Pra mim, sem problemas, parceiro.

Fui atrás de mais informações sobre o tema do post e me deparei com essa entrevista do Facundo Guerra nas páginas negras da Trip de março de 2015.

Curti o mancebo. Parece-me que, além de sua compulsão insana por abrir novos negócios,  ele possui uma preocupação em resgatar símbolos paulistanos (até os Planetários estão em sua mira!). E isso é muito legal...

Trechinho:

O paulistano tá mais orgulhoso de São Paulo? 
Tá ficando. Carioca bate no peito, gaúcho é quase separatista... Paulistano nunca teve orgulho da cidade. Sempre teve uma relação de extrativismo. “Vou fazer minha vida e fujo quando tiver 40 anos.” Agora a gente tá criando amor pela cidade de São Paulo.

Por que a noite é especial? 
A noite é um outro mundo. Ela te permite ser um outro, exercer outro papel. Você é um office boy, mas na noite se veste de mulher, tem outro cacife social. É muito estranho: São Paulo, que é superconservadora de dia, berço do malufismo, é libertária pra caralho à noite. Essa tensão entre dia e noite faz São Paulo vibrar como nenhuma outra cidade no mundo.

Recomendo a leitura da entrevista. 
Mostra um cara interessante, muito além da imagem de "empresário megalomaníaco".
Me identifiquei com suas visões sobre a noite, a paulistanidade (?), a função do dinheiro, entre outras piras...


Aos empresários coxinhas, deixo um toque: percam o medo da cidade. Tem muita coisa boa pra se investir em Sampa... O Jardim do Theatro Mvnicipal está abandonado... O Boulevard São João merece atenção... a região do Pateo do Collegio é linda à noite. Com segurança e atrações então... vish.

Amplósculos.